O riso de Agustina

Agustina-Bessa-Luís

Este texto foi publicado no Jornal de Letras há dois anos. Junto-o aqui aos textos de adeus a Agustina

Fui editor de três livros e um texto inédito da senhora Dona Agustina. Mas o que é ser editor de Agustina Bessa Luís? É, digo eu, estar sentado, olhos colados aos vivos olhos dela, os ouvidos presos à sua voz, que me parecia então, uma voz macia, de inflexões irónicas a roçar o infantil, exactamente o que, hoje, me continua a parecer sempre que a volto a ouvir num velho programa de rádio ou de televisão.

Foi essa voz que me respondeu quando lhe pedi que escrevesse sobre a pintura de Paula Rego, para um livro que eu imaginava um incêndio. Nesse livro, jurava eu, o leitor iria arder na reprodução da pintura de uma e na pólvora da escrita de outra. O livro, “As Meninas”, mas que também se poderia ter chamado “As Feiticeiras”, chegou às livrarias em Março de 2001.

O culto de Agustina herdei-o de Antónia Fonseca, minha mulher, que me levou além da “Sibila”, esse lugar sobrenatural que enfeitiça e paralisa os leitores preguiçosos como eu. E o culto de Agustina mitificou-se com o que muitas vezes me contava João Bénard da Costa. Tudo se passou nos pastosos anos da ditadura, que foram o limbo da inocente Agustina. Ela, mulher pequena, com todos os sinais de ser dotada de dons sobrenaturais, não era de uns, nem era de outros. Uns e outros queriam ter valores políticos seguros e queriam que as artes fossem formas ancilares de um jurado ideal político. Mas havia uma revista, “O Tempo e o Modo”, onde João Bénard pontificava, caldo de um catolicismo progressista balizado pelas bondosas sete saias do Papa João XXIII e, também, embrião de uma esquerda não totalitária. A revista defendia os heterodoxos, gente de difícil classificação, que ia de Jorge de Sena a Ruben A. e a Sophia, passando ou chegando a Agustina. O João contou-me: as clandestinas esquerdas partidárias que se roçavam pela revista, indignavam-se com o louvor e defesa que nela se fazia de Agustina. As esquerdas, mesmo uma figura como Mário Soares, eram então, na primeira metade dos anos 60, adeptos do combate neo-realista, e era esse pântano de conformismo estético que era tido como revolução. Agustina não servia, nem era servida, à mesa dos partidos.

Vamos ao futuro. E o futuro continua a ser a escrita de Agustina. O desaustinado texto que Agustina escreveu sobre Paula Rego é, para mim, o melhor texto que um escritor português escreveu sobre um artista de outras artes. Agustina, à pintura de Paula, chama-lhe escrita e diz que essa “escrita” já estava pronta e acabada nas grutas de Lascaux e nas abóbadas de Altamira. Agustina escreve e decifra ou inventa segredos: o de Paula é o de ser obediente e aceitar o terror.

Lembro-me da primeira conversa ao vivo. Agustina recebeu-nos a chá das cinco na sua casa da travessa que saía da Buenos Aires, em Lisboa. Ficou para mais tarde o Gólgota, no Porto. Fiz-lhe uma proposta que ela não poderia recusar, riu-se, conspirou, falou de Saramago, de Israel, de Eugénio e de Manoel de Oliveira e disse que sim.

Dir-me-ia que sim tantas vezes como Pedro negou Cristo. Escreveu para o “Cântico dos Cânticos”, numa Bíblia, que editei em caixa de acrílico. Esse intróito de Agustina não é bem de apascentar açucenas e muito menos de amenos eflúvios erótico-dominicais. É um texto de camas, poder, ciúmes e traições. Qual metafísica! Um dia alguém tem de falar da radical materialidade de Agustina, que o título desse texto – “Um tijolo quente na cama” – descaradamente denuncia.

Ofereceu-me, depois, a sua autobiografia, a que ela aceitou que eu chamasse “O Livro de Agustina”, desde que conservasse como subtítulo “A Lei do Grupo”, seu título de primeira escolha. E, a um passo da doença a levar pela mão para o exótico jardim de rosas, cuja entrada temos medo de profanar, ainda me escreveu XII Óperas, de Viriato a Salazar, passando por D. João II, D. Sebastião ou Afonso Costa, num livro a que chamou “Fama e Segredo na História de Portugal”.

De Agustina guardo três livros e o maravilhoso riso. Um dia, depois da apresentação da autobiografia, deixara eu o carro, no Fórum Almada, colado a um poste do estacionamento, Agustina, a entrar, ficou presa, na estreita abertura que o poste concedia à porta. É que nem para trás, nem para a frente. Onde qualquer pessoa se irritaria, Agustina não conseguia parar as gargalhadas. Eu e o poeta Gil Carvalho, então meu sócio editorial, queríamos ajudar e dissemos-lhe: “Senhora Dona Agustina, temos de a segurar pelas pernas!” Genuinamente divertida, Agustina respondeu: “Puxem-me pelas pernas, rapazes.”

Jerry

E foi assim, há dois anos, quando soube que Jerry Lewis tinha morrido. Se fosse hoje, repetiria, palavra a palavra. Repito.

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Vou ser-te franco, Jerry, pensei que já tinhas morrido. Com a alarvidade do teu “O Morto Era Outro”, de 1969, vais responder-me que o meu problema é ainda ninguém se ter dado ao cuidado de me avisar de que bem morto estou eu. E estou. Onde é que está o candengue que eu era quando tu pela primeira vez me falaste – me atropelaste, melhor seria dizer –, tinha eu 11, 12 anos, no cinema da 7ª esquadra, em Luanda, já 8 ou 9 inteiros anos passados sobre o puro e rebelde assalto do 4 de Fevereiro.

Tu perguntas-me, com a tua americaníssima ignorância, que raio foi ou é o 4 de Fevereiro? E eu pergunto-te que raio de ideia te passou pela cabeça para me apareceres assim, a tentares esquizofrenizar-me, numas cenas Professor Julius Kelp, corpo todo retorcido, a pingares um recalcado desejo pela Stella Stevens, e noutras cenas, em fatos rutilantes, voz de rythm and blues, um Buddy Love sedutor, mentor, sexy e cantor?

Sim, encontrámo-nos nas Noi­tes Lou­cas do Dr. Jer­ryl, a que chamaste The Nutty Professor. E tu, Jerry, era dois em um: de dia, o míope, cor­cunda e alu­ado prof. Julius Kelp e, à noite, depois de meteres à boca uma con­ve­ni­ente mis­tela aluci­no­gé­nea, eras o ego­ma­níaco e sedu­tor Buddy Love. Há quem diga que eras, num dos teus eus, um auto-vexatório Jerry e, no outro eu, a zur­zida cari­ca­tura de Dean Mar­tin, com quem tinhas feito dupla e uma daquelas amizades que nunca acaba.

Com o meu engas­gado estilo de Julius, logo me ape­te­ceu roubar-te a fama e o pro­veito de Buddy Love: esbo­fe­tear humi­lhan­te­mente quem me con­tra­ri­asse e tra­zer sem esforço as fres­cas bocas das lou­ras ado­les­cen­tes à minha boca. Não deves ter gostado nada de mim, mas eu gos­tei de ti, Jerry: per­ten­cias ao tempo em que vivía­mos e, sobre­tudo, pare­cias do tempo em que sonhá­va­mos viver.

Ado­rei, desculpa repetir-me, esqui­zo­fre­ni­ca­mente As Noi­tes Lou­cas do Dr. Jer­ryl. Por ser um sonho de miúdo. O que eu que­ria era o que tu fazias no filme: ter outra e des­co­nhe­cida iden­ti­dade, ser o irre­cu­sá­vel, irre­sis­tí­vel, melhor de todos, entrar na dis­co­teca (ui, e logo o Pur­ple Pit; sim, lá na rua, logo lhe chamámos o pitinho púrpura) e a orques­tra parar, todos os olhos fixa­dos no pro­di­gi­oso fato azul celeste de cola­ri­nhos pre­tos, colete branco, camisa rosa e gra­vata azul-escuro com que, feito Buddy Love, irrompias, dei­xando esga­ze­a­dos os tam­bém azu­lís­si­mos olhos da Stella Ste­vens que, essa manhã, o estra­bismo de Julius sonhara des­pir de todas manei­ras e melhor feitio.

Sei bem que não sabes, mas deixa-me contar-te, agora que já não podes partir-te todo à minha frente, a rir-te ou, pior ainda, a gritar como gritavas no The Ladie’s Man. Quando o João Bènard me convidou para a Cinemateca, o primeiro ciclo que organizei, com o João Lopes, foi em tua homenagem (ou à tua custa, dirás tu).  Não minto. Tens aqui a capa do catálogo que é de Julho de 1981.

A sala da Cinemateca tinha ardido e fomos fazer o ciclo ao Quarteto, ainda eu estava longe de saber o amigo do peito que o Pedro Bandeira Freire acabaria por ser. O catálogo é humildemente deslumbrado, quase uma plaquete estudantil, de 52 páginas, a custarem uns caros 80 escudos, que os teus luxos pagam-se. Mas era, se um catálogo fosse a foz de um rio, um delta de amizade. O que não copiámos e traduzimos dos Cahiers du Cinèma (sim, aquela revista que embrulhou os filmes no papel celofane que põe os teus reticentes compatriotas de olhos em alvo), pedimos aos amigos que escrevessem, a começar pelo Camacho Costa: “Era uma vez um palhaço, tinha um nome e um rosto e um corpo. O resto era só a alegria de se descobrir mergulhado nessa vertigem imensa que é inventar do outro lado a nossa própria loucura.” E convidámos, o João e eu, dois Gabriéis. O João, um psicanalista, o José Gabriel Pereira Bastos. Eu, um filósofo, o José Gabriel Trindade Santos, meu eterno professor. Escrevemos também nós. E lembro-te o que o João Lopes começava por dizer: “Herbert H. Heerbert, o “homem das mulheres” de Jerry Lewis, tem medo do cão que ruge, esse “Baby” (bebé) que tantas preocupações traz à sempre presente e dominadora Mrs. Welenmelon.”

O João Lopes tinha razão: tinhas medo desse cão, Baby, que não podia soltar-se, nem ver-se E nem era preciso que Mrs. Welemelon te tivesse prevenido. O rugido de Baby e a fome insaciável de Baby perseguiram-te a vida toda, os filmes todos. Baby, o cão, está agora à tua espera. Deus só pode ser esse bebé que ruge. E o céu é, de certeza, um cenário quase tão prodigioso como o de The Ladies Man. O que Baby, ou Deus, não sabe é o susto que vai levar quando descobrir que tu és o que és e o que não és. E o que és? Julius Kelp ou Buddy Love?

The-Nutty-Professor

A mulher que ri

De há uns anos para cá, todos os anos são anos de despedida, de irremediável adeus. Este ano, disse adeus a Jorge Adib. Meu amigo brasileiro, alto quadro da Globo, um desses belos e ágeis dinossauros que fez a primordial televisão de antigamente. Gostava, pelo puro prazer de me agradar, de dizer bem dos programas que eu produzia e, agora, dos livros que eu editava. Nunca deixarei de o lembrar – a ele e a minha muito mais jovem amiga Marise Caetano – com ternura incondicional

W-LA

à Marise, ao Jorge

Terá sido por causa das ostras? E não juro, porque os camarões vermelhíssimos, espalhados sobre uma cama de gelo, iam, à velocidade da luz, dos olhos para o palato. O velho Westwood Marquis tinha então o melhor brunch de domingo de Los Angeles. Aos veludos, talvez roubados a bordéis de excelência do século XIX, juntava um pianista igualzinho ao grande Countie Basie. Um tipo nostálgico sentia-se ali em sua casa.

Nostálgico como eu, quem lá veio almoçar comigo foi Jorge Adib, director da TV Globo, quase um filho, diziam-me, do fundador, esse Roberto Marinho que, um dia, correu com a polícia da ditadura brasileira, que viera à redacção da Globo prender uns comunistas: “Fora daqui, quem trata dos meus comunistas sou eu!”

Jorge Adib, como Roberto Marinho, podia tolerar os seus comunistas e detestar ditaduras, mas gostava das mulheres. Tinha, diga-se, a suave arte de falar com as mulheres.

Mas deixo o Jorge sentado com a querida Marise Caetano, a brasileira mais escandinava que conheço, amante de neve e frio, e viajo aos meus vinte anos, à primeira vez que percebi o que era falar com as mulheres. A coisa passou-se no Hexágono, sofisticada pastelaria do Lobito.

Estava com um amigo tão taranta como eu e um ex-capitão do exército português que andara aos tiros na Guiné e trazia nos olhos azuis, e nos cabelos negros, que o 25 de Abril desgrenhara, uma tristeza dos diabos. Julgo que andaria a querer redimir em utopia o que já saboreara de medo, angústia e morte. Ao lado da nossa mesa revolucionária sentaram-se três vezes vinte anos de mulheres bonitas. Eu e o meu amigo crescemos em feromonas e olhares fulminantes. Elas viraram as costas. Havia uma, de olhos verdes, cabelo moreno onde se podia ficar preso a vida inteira. O nosso ex-capitão disse-lhe a mais banal das frases. Misturou um conselho – que o “molotof” era a sobremesa da casa – com um galanteio sincero sobre a cor esmeralda dos olhos dela. Um minuto, juntámos as mesas, e três jovens mulheres dedilhavam as suas harpas de sombras, contando-nos os sonhos de vida que tinham. Soube, pela boca de um capitão, depois de Abril, que se podia falar às mulheres. Se isto não é a revolução, o que será a revolução?

E volto à sala onde deixei o Jorge e a Marise. A nossa atenção concentra-se, agora, numa outra mulher, uma mulher só, nem feia, nem bonita, sentada duas mesas à frente da nossa. Foi o radar infalível da Marise que a detectou. Viu-a chegar e ir buscar duas, três ostras. Viu que as comia com vagar e sem preconceito. E viu-a voltar para mais três, talvez seis. A partir daí, a mulher só, de peito discreto, pernas altas a que uns saltos altos emprestavam autoridade, experimentou tudo: das blueberry pancakes aos cogumelos selvagens embrulhados em gruyère e fitas de bacon fumado a macieira, da salada de lagosta ao feijão preto com ranchero sauce e abacate ao lado.

Não havia, na mulher só, indícios de voracidade. Comia à imperceptível velocidade do movimento de rotação da terra. Imagino que os alimentos se integrassem, com a mesma harmonia que se diz das esferas, nos tímidos seios, nas rosáceas ancas, nas meias luas do competente rabo.

O Jorge levantou-se: “Manuelzinho, pô, vou falar com essa mulher”. Foi e disse-lhe: “Senhora, creia-me admirador eterno do prazer com que come. Serviu-se 25 vezes. Não veja na contabilidade outra coisa que não seja o meu mais sublime e deliciado espanto. Nunca um brunch me soube tão bem.” As gargalhadas da mulher foram a explosão de júbilo a coroar um repasto real. As ostras podem ser boas, mas a mulher que ri é muito melhor.

adib

O sol e o riso

Já é boa altura para voltarmos ao Verão. Nem que seja virtualmente.

LQ Geor_Luanda

Estes candengues vivem perto de uma praia ao sul de Luanda. São, segundo informação do fotógrafo, LQ Geor, filhos de pescadores. Foi, confessa ele, a exuberância do riso deles que cativou o seu olhar de fotógrafo. Será que ele lhe deu uma legenda? Se deu, não vi. Dou eu. A minha legenda: Brinca na areia.

As saudades que eu já tinha deste sol maluco e do riso desaustinado destes candengues.

Keaton e Chaplin na Almirante Reis

buster

A mulher madura ria-se, de perdida, os dois pés assentes no lancil do passeio da Avenida Almirante Reis. De pés no lancil do passeio, na Almirante Reis, nunca mais ninguém, mulher ou homem, se rirá tanto e tão perdidamente. Deixemos a mulher madura, da pequena burguesia ascendente dos anos 80, rir-se. Voltaremos a ela quando consiga falar.

O melhor riso que o cinema já teve deve-o à crueldade e ao lirismo com que o fizeram rir Buster Keaton, a que chamávamos O Pamplinas, e Charlie Chaplin, dito Charlot.

O humor de Keaton era físico e doía. Os pais, artistas cómicos, ao descobrirem que Keaton tinha mais cálcio nos ossos do que há volfrâmio nas Minas da Panasqueira, atiravam com os três ou quatro anos dele pelas escadas abaixo nos números de vaudeville para gáudio do excelentíssimo público. Estava traçada a linha de crueldade a que o inescrutável Keaton nunca mais fugiria.

Chaplin é feito de outra matéria lírica. E, como sabem todos os que já o morderam, o lirismo não tem ossos. Charlot era dúctil e bailarino, até mesmo quando fez das suas nádegas as nádegas de Hitler batendo, com um leve e altivo espasmo delas, o globo terrestre que o Führer sonhava dominar. Está no “Great Dictator” e é a única chulipa de cu da história do cinema.

dictator

Jamais, e vice-versa, direi que o humor de Keaton é superior ao de Chaplin, e desculpem-me ter desperdiçado antes o vice-versa que devia estar aqui. Mas uma coisa é o gosto e outra, os ossos que se têm. Falta-me o cálcio de Keaton e, homem pequenino, mais do que velhaco, calhou-me ser bailarino. Gosto de gostar e gosto de me rir, a começar por esse momento fundador, no Liceu Salvador Correia, em Luanda, quando a temível professora de matemática, dita Joana Bocarra, entrou na sala e vendo toda a turma de pé para a receber, gritou lá para o fundo, para mim, “O menino levante-se”, estando eu em pé, tanto quanto em pé se podia estar.

E volto à mulher que ri. Dez segundos antes, uma motorizada estridente passara por ela e, de esticão, arrancara-lhe a bolsa que levava ao ombro. A mulher só conseguia rir-se. E explicou: “Não consigo deixar de ver a cara do tipo quando abrir a mala: só lá está o frasquinho com as minhas fezes para análise.” Era, diga-se, um tempo em que o Serviço Nacional de Saúde prescrevia análises magnânimas.

Publicado no Expresso

Os grandes insultos

Insultos

Há uma coisa que me tem aquecido o coração, porque é, acreditem ou não, a chave da minha vida: quem comprou este livro, o leu e decidiu dizer-me o que pensa, tem tocado numa ferida boa: é que a leitura os faz rir à gargalhada. Mas que grande alegria que isso me dá.

Para quem só agora chegou a esta negríssima página, um aviso à navegação. Este pequenino volume chama-se O Pequeno Livro dos Grandes Insultos. Contém os mais desabridos e genuínos palavrões e insultos que a nossa língua acolhe – caralho e filho da puta, pois claro – mas o que me moveu foi fazer um livro suave, amável, risonho que, da etimologia à sinonímia, fosse capaz de nos fazer rir e conviver.

Vão a uma livraria. Abram o livro e leiam uma página. Se não vos fizer rir, não comprem.