Já é oficial. De 5.ª a domingo, este foi o melhor arranque de sempre de uma Feira do Livro na Guerra e Paz editores. São estes os 15 livros mais procurados pelos leitores, o nosso top 15.
Este vírus que nos enlouquece
Observação da gravidade
O ouriço e a raposa
Mein Kampf-a minha luta
A arte da guerra
Contos tradicionais portugueses
Atlas histórico de África
Assim nasceu uma língua
O último exorcista de Lisboa
Mulherzinhas
Moby Dick
Orgulho e preconceito
Boas esposas
A segunda vida de Fernando Pessoa
O pequeno livro vermelho
O ensaio de Isaiah Berlin. O Ouriço e a Raposa assaltou o 3.º lugar, ultrapassando o Mein Kampf e O Último Exorcista de Lisboa, de Inês Leitão, contando a vida, a obra e os controversos milagres do padre confessor de Salazar, entrou nos dez mais vendidos. Também o romance de João Céu e Silva chegou aos 15 mais, esgotando ontem o stock . Mas hoje, nos pavilhões A50 e A52 da Guerra e Paz, já chegou o reforço, com novos exemplares.
Hoje, 2.ª feira, os Livros do Dia são o belíssimo Livro de Agustina, de Agustina Bessa Luís (16,50€) e Mulherzinhas, de Louisa May Alcott (8,34€) Em promoção especial estão Fama e Segredo na História de Portugal, de Agustina Bessa-Luís (13,20€) e Boas Esposas, de Louisa May Alcott (8,34€)
Os nossos autores João Céu e Silva, Rute Serra e Inês Leitão. Com eles o ilustrador Vitor Higgs
E vamos entrar na Feira do Livro de Lisboa, hoje, domingo com estes livros à cabeça dos mais vendidos nos stands A50 e A52 da Guerra e Paz. Em 1.º lugar ex-aequo estes dois títulos: OBSERVAÇÃO DA GRAVIDADE, André Osório ESTE VÍRUS QUE NOS ENLOUQUECE, Bernard Henri Lévy Depois, de 3.ª a 9.º temos MEIN KAMPF-A MINHA LUTA, Adolf Hitler O OURIÇO E A RAPOSA, Isaiah Berlin CONTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES, Vários A ARTE DA GUERRA, Sun Tzu ASSIM NASCEU UMA LÍNGUA, Fernando Venâncio MULHERZINHAS, Louisa May Alcott ATLAS HISTÓRICO DE ÁFRICA, François.Xavier Fauvelle E em 10.º, com o mesmo número de exemplares vendidos: MOBY DICK, Herman Melville SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES, Padre António Vieira.
É uma lista de que nos orgulhamos. Ter um livro de um juvenilíssimo poeta à cabeça, ensaios controversos e brilhantes como o de Lévy, Venâncio e de Berlin, a edição do Mein Kampf precedida por um estudo crítico do nazismo, clássicos como o de Melville, Vieira e Alcott dão-nos todas as razões para sermos, hoje, uma editora feliz.
E não se esqueça, se não pode, por alguma boa razão, ir à Feira, nós levamos-lhe a Feira a sua casa. Todos os livros do dia e todos os livros em promoção, estão no nosso site, nas mesmas condições, à sua inteira disposição.
No Porto, não se esqueça, estamos representados na Feira do Livro pela Ibook, com o stand 111. Lá estarão também os nossos autores.
Os dois primeiros dias da Feira do Livro de Lisboa foram surpreendentes. Melhor, exaltantes. Um público cheio de vontade de se reencontrar com a vidaachou e bem que o melhor caminho era reencontrar-se com o livro, com os autores, com os romances, com a poesia, com o pensamento e o debate vivos.
Vejam, por exemplo, os dez mais vendidos na 5.ª e na 6.ª feira, nos dois stands (A50 e A52) da Guerra e Paz:
1. Observação da Gravidade, André Osório 2. Este Vírus Que nos Enlouquece, Bernard-Henri Lévy 3. Contos Tradicionais Portugueses, vários autores 4. Mein Kampf, Adolf Hitler 5. O Ouriço e a Raposa, Isaiah Berlin 6. Mulherzinhas, Louise May Alcott 7. Moby Dick, Herman Melville 8. Assim Nasceu uma Língua, Fernando Venâncio 9. Lendas de Amor Portuguesas, vários autores 10. Atlas Histórico de África, François-Xavier Fauvelle
Ontem, sábado, assinou autógrafos, o professor Rui Correia, com o seu livro Cá Dentro, o lugar da escola nos nossos miúdos. Hoje, domingo, três autores virão animar as actividades da Guerra e Paz, Rute Serra, autora do romance A Assassina da Roda, baseado num caso verídico, Inês Leitão, que escreveu um intrigante e controverso O Último Exorcista de Lisboa, sobre o confessor de Salazar, e João Céu e Silva, que nos traz A Segunda Vida de Fernando Pessoa, romance-folhetim sobre um poeta que, como todos sabem, nunca existiu.
Dois romances clássicos, magníficos, vão ser os nossos Livros do Dia: Moby Dick, de Herman Melville (18€) e Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (10,80). Em promoção especial estão Uma Família Inglesa, de Júlio Dinis (9,90€) e Boas Esposas, de Louise May Alcott (8,34€).
Soprava uma aragem amena no Parque. Um sol quente de Verão embrulhava as cinco da tarde, na Feira do Livro de Lisboa. Estava agendada uma sessão de lançamento, de um livro de poesia. Previa-se que fosse um lançamento discreto, quase secreto como hoje é quase tudo o que tem que ver com essa primordial arte humana. Mas não, a Observação da Gravidade, de André Osório, encheu o Pavilhão Sul, houve gente a transbordar, a aplaudir com entusiasmo. Nos autógrafos a fila era uma sinuosa serpente e quando a Guerra e Paz deu conta tinha esgotado todo o stock de livros que era suposto durar a feira toda. Um poeta de 21 anos estreou-se e o pequeno livro, esse lírica e consciente Observação da Liberdade encheu de graça e surpresa a Feira do Livro de Lisboa. E hoje já chegaram novos exemplares ao pavilhão A50 e A52, da Guerra e Paz.
Visite-nos. Hoje, sábado, os livros do dia são A Arte da Guerra (7,80€) e o Mein Kampf (15,60€) Em promoção especial estão O Pequeno Livro Vermelho, de Mao Tsé-tung e um maravilhoso romance de Machado de Assis, Dom Casmurro. E temos mais 500 títulos à sua disposição.
Mas que fome de livros! Vejam bem, no primeiro dia de Feira do Livro a Guerra e Paz vendeu o dobro dos livros que tinha vendido no primeiro dia do ano passado.
Eis os cinco mais vendidos:
1. Contos Tradicionais Portugueses, vários autores (livro do dia) 2.Este Vírus que nos Enlouquece, Bernard-Henri Lévy 3. O Ouriço e a Raposa, Isaiah Berlin 4. Lendas de Amor Portuguesas, vários autores (livro em promoção) 5. Observação da Gravidade, André Osório Extraordinária, a apetência dos leitores por dois dos nossos livros mais recentes, o Este Vírus e o Ouriço e a Raposa. Surpreendente a forma como um livro de poemas em estreia, Observação da Gravidade de André Osório, arrebatou compradores, n verdade, compradores jovens.
Hoje, como livros do dia, nos pavilhões A50 e A52 da feira do Livro, teremos O Pequeno Livro dos Grandes Insultos (8,10€) e a nossa edição crítica do Mein Kampf (15,60€) Como livros em promoção estarão o Piropo Nacional (6,00€) e a edição de Os Lusíadas de capa vermelha (7,80€).
Com ofertas destas só não lê quem não quer. Boa Feira.
Há Guerra e Paz na Feira do Livro de Lisboa. Dois pavilhões, o A 50 e o A 52, lá bem no alto: são exactamente estes, a nossa caixa negra, de que saem livros amarelos, vermelhos, abençoados e malditos. A Feira abre amanhã, 5.ª feira, às 12:30. Estamos lá à sua espera.
Mas para os que estão longe de Lisboa ou impossibilitados de a visitar, nós levamos-lhe a Feira a casa. Vão estar aqui, neste nosso site, muitas das promoções e os mesmos Livros do Dia que pode encontrar nos nossos dois stands. Boa Feira.
João Pereira Coutinho, autor, professor e cronista, escreveu a recensão cuja imagem se junta, de Assim Nasceu uma Língua, no CM, do passado domingo. Coutinho classifica o livro de Venâncio: brilhante. E louva-lhe o mérito de não renegar a maternidade da língua, esse galego que nos fundou. Para lerem, já. A recensão, claro, e o livro de Venâncio, pois então.
A melhor forma de se conhecer um livro é ler o seu começo. O filósofo Isaiah Berlin escreveu um pequeno ensaio, O Ouriço e a Raposa, que logo se converteu numa referência do pensamento do século XX, considerado um dos melhores ensaios de todos os tempos. O livro é de 1953, mas só agora foi traduzido para português. E, no entanto, é um livro actualíssimo e desafiador. O que é cada um de nós, um ouriço ou uma raposa? E o que é ser um ouriço? E o que é ser uma raposa?
Ora leia, Isaiah Berlin.
«Nos fragmentos do poeta grego Arquíloco, encontra‑se um dito que afirma: «A raposa sabe muitas coisas, mas o ouriço sabe uma coisa muito importante.» Os académicos têm divergido acerca da interpretação correcta destas sombrias palavras, que podem não significar mais do que o facto de a raposa, apesar de toda a sua manha, ser derrotada pela única defesa do ouriço. Mas figurativamente, as palavras podem aferir uma acepção que marca uma das diferenças mais profundas entre escritores e pensadores, e entre os seres humanos em geral. Existe um grande abismo entre, por um lado, aqueles que associam tudo a uma visão única central, um sistema mais ou menos coerente ou articulado, a partir de cujos termos compreendem, pensam e sentem – um princípio organizador único, universal, sobre o qual o significado de tudo o que são e dizem assenta em exclusivo – e, por outro lado, aqueles que perseguem muitas pontas, frequentemente não relacionadas e até contraditórias e, quando relacionadas, apenas nalgum sentido de facto, por alguma causa psicológica ou fisiológica, não relacionada com um princípio moral ou estético.
Estes últimos conduzem vidas, desempenham actos e alimentam ideias centrífugas e não centrípetas; o seu pensamento é disperso ou difuso, move‑se em muitos níveis, agarra‑se à essência de uma vasta diversidade de experiências e objectos por aquilo que eles são, sem, consciente ou inconscientemente, procurar excluí‑los ou procurar que caibam numa qualquer visão unitária interior, imutável, abrangente, por vezes contraditória e incompleta, por vezes fanática. O primeiro tipo de personalidade intelectual e artística pertence aos ouriços, o segundo, às raposas. E, não pretendendo insistir numa classificação rígida, podemos, sem grande receio de contradição, afirmar que, nesse sentido, Dante pertence à primeira categoria, Shakespeare à segunda; Platão e Lucrécio, Pascal, Hegel, Dostoiévski, Nietzsche, Ibsen e Proust são, em graus diversos, ouriços; Heródoto, Aristóteles, Montaigne, Erasmo, Molière, Goethe, Púchkin, Balzac e Joyce são raposas.
É evidente que, como todas as classificações simplistas do género, esta dicotomia se torna artificial, escolástica e, em última instância, absurda quando levada ao limite. Mas, se não constitui uma ajuda à crítica séria, também não deve ser rejeitada como meramente superficial ou frívola: como todas as distinções que integram qualquer grau de verdade, oferece uma perspectiva a partir da qual é possível olhar e comparar, um ponto de partida para a investigação genuína.
Não temos, pois, nenhuma dúvida acerca da violência do contraste entre Púchkin e Dostoiévski, e um leitor perspicaz raramente tem considerado que, em toda a sua eloquência e profundidade, o famoso discurso de Dostoiévski sobre Púchkin revela o génio de Púchkin e não o do próprio Dostoiévski, justamente pela perversidade com que representa Púchkin – uma arqui‑raposa, a maior do século xix – como sendo semelhante a Dostoiévski, que não é outra coisa que não um ouriço. Desse modo, é um discurso que transforma – em boa verdade distorce – Púchkin num profeta dedicado, o portador de uma única mensagem universal, a mensagem que estava no centro do universo do próprio Dostoiévski, mas muitíssimo longínqua das muitas e diversas regiões do génio versátil de Púchkin. Na verdade, não será absurdo dizer que a literatura russa se extrema nestas duas gigantescas figuras – num pólo, Púchkin, no outro, Dostoiévski; e que, para os que considerem útil ou curioso colocar tal questão, as características dos outros escritores russos podem, em certa medida, ser determinadas em relação a estes grandes opostos.»