Sou invisível

Komé, meus kambas da Vila Alice dos ano 60 e 70, lembram-se quando queríamos ser invisíveis? Olha só aí a curte desses canadianos…

Bica Curta servida no Cm, 4.ª feira, dia 6 de Novembro

Era o sonho dos miúdos da minha rua: sermos invisíveis. Eu tinha um objectivo: devorar todos os bolos de chantilly de Luanda. À borla e sem bica curta. Anos depois, o meu objectivo já era inconfessável e menos público. Adiante.

No Canadá, a empresa de camuflagem militar HyperStealth realizou o sonho. Criaram um material que dá invisibilidade a quem o usa. Soldados ou tanques ficam invisíveis aos olhos dos inimigos e a sensores visuais e podem fazer acções de sabotagem sem ser vistos por câmaras ou olhos humanos. Ficam só, na areia, as pegadas de soldados que ninguém viu. Não era esta, juro, a inconfessável guerra com que sonhei.

A guerra e a paz

Jan_Matejko,_Bitwa_pod_Grunwaldem
Batalha de Grunwald, de Jan Matejko 

Bica Curta servida no CM, 5.ª feira, dia 29 de Agosto

A estatística da guerra e da paz dá boas notícias ao mundo: nos últimos 28 anos, em guerras civis, guerras entre estados, guerrilhas e terrorismo, ou seja, em todas as guerras morreram pouco mais de 81 mil seres humanos por ano. Comparado com o século XX é prodigioso o progresso da humanidade: no século XX, a média foi de dois milhões e trezentos mil mortos por ano. Brutal.

A guerra era das principais causas de morte de adultos: a terceira. Hoje é a 28ª e faz 16 vezes menos mortos do que os acidentes de viação. Em 2018, os mosquitos mataram 10 vezes mais pessoas do que a guerra. Digo eu: a globalização empurra-nos para a paz.