
– Sofre-se?
– Ai sofre-se, claro.
– Hoje como ontem?
– Tenho dúvidas. O amor mudou.
– Mudou nada. O amor bate no chão e estilhaça-se como um cristal.
– Ah, não. Estás enganada. O amor, agora, está sempre a ser colado. Cada sms, o facebook, o messenger, o facetime, o skype, o instagram desangustiam a ausência. Já não há pothos.
– Ó querido, pothos? Não será pathos?
– Não, minha linda, é mesmo pothos! Pothos, o irreprimível desejo da amada ausente. O vazio que escrevia no peito, a letras de fogo, sonho contigo…
Mudou mesmo, Manuel. Assim como muitas coisas à nossa volta. 🙂
Nós, mais conservadores (será?), é que fingimos que está quase tudo igual…
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Pois é, Luís, vamo-nos colando à mudança. 🙂
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