
A certas horas da noite a morte seduz e assusta-nos. Mas há convites a que não se pode ceder sem uma boa luta. Mesmo que o sonoro convite seja dito em “g” de gentle, consoante que o meu Aurélio diz ser fricativa palatoalveolar quando precede a vogal “e”, como é o caso neste poema de Dylan Thomas.
Gosto do ritmo, das rimas e do trovão de érres que se repete em “Rage, rage against the dying of the light”.
Entre a doçura e a fúria, Thomas terá escrito este poema, inundado de vogais abertas, quando o pai adoeceu gravemente. Só o publicou depois dele ter morrido.
Vale a pena ouvi-lo na pessoalíssima voz (tão teatral) do poeta galês.
um belo villanelle
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Tercetos e rimas irrepreensíveis.
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