Antes de saber dizer o nome de Massano Jr, quando eu era candengue soube outros nomes. Nomes de que me lembro: Negoleiros do Ritmos. Anos 60: ensaiaram na minha rua de Luanda.
Depois, os Africa Show. Já anos 70, não é? Mas tenho a certeza de que os mais vivos e os mais kotas já sabiam que a alma era Massano Jr., percussionista do catano, mesmo se o som rasgativo do órgão do Tony Galvão impressionasse o povo. É mesmo. Do que não havia dúvida é que Massano era a alma criativa, casulo de imaginação e inquietação. O miúdo Massano já fora cantor de quintal no Bairro Operário, vencedor de concursos. E foi, na sua plenitude, o criador de canções como Anami. Para ouvirmos aqui.
Mas ainda mais litúrgico e comovente, têm de o ouvir em Ai ué mamã. Este é Massano Jr, percussionista, cujos cotovelos, mãos, pés, dizem-me que até a cabeça, conviviam com as tumbas, bongós, caixa. Rei dos tambores, cantor de Papá Vá Fva, a elegíaca Minga ou a trepidante Sunga, Sunga, Teresinha, este é Massano!
E vêm aí mais canções da minha infância.
Se precisares de algum estimulante da memória diz; entretanto vai desfilando essas pérolas que nos resgatam ao tempo…
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isto é muita pesquisa, camarada Adelino 🙂
A memória já não é o que era…
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