
Fuckin’ Globo, e não sou eu que o digo. É o nome de uma exposição colectiva que reanimou, em Luanda, o infalecido Hotel Globo. Apresenta-a, aqui, em português, o crítico de arte Adriano Mixinge, de quem sou fiel leitor, até por ele fazer o favor de ser meu autor, na Guerra e Paz editores – e nunca percebi o silêncio que em Portugal se fez à volta do seu O Ocaso dos Pirilampos, alegoria crispada e satírica a todos os ditadores, mas em que, a pinceladas expressivas e fortes, se chapava o perfil do ex-presidente angolano.

E, ficando dito o que dito está, o que eu quero dizer é que Mixinge apresenta tão bem os doze artistas angolanos que se albergaram no Hotel Globo, que logo dá vontade de um tipo se enfiar num avião e desembarcar em Luanda. E são eles: Toy Boy, Lubanzadyo Mpemba Bula, Ery Claver, Kiluanji Kia Henda, Maria Gracia Latedjou, Miguel Prince, Thó Simões, Joana Taya, Nelo Teixeira, Verkon, Daniela Vieitas, e Indira Grandê.
É claro que, se sobre arte, só admite ler coisas em inglês, o artigo de Mixinge está também aqui na traiçoeira língua de Shakespeare.
