Voltou o Escrever é Triste

Banner_EET

O Escrever é Triste é uma lenda. Escreviam lá 16 ou 17 autores, sei lá. E já levanto um braço para dizer que está mal, qual escreviam, qual quê, desenhavam, fotografavam, diziam poemas. Por ter acabado o Escrever é Triste é que eu criei esta cela solitária, esta monástica Página Negra.

Pois bem o Escrever é Triste voltou. Está aqui. Estar aqui e estar tão bonito já é um milagre. Mas o Ricardo Espírito Santos, que eu conheci na SIC, realizador imparável, que fez os mais belos “jornais da Noite”, que deu ao futebol um toque de delicadeza e ambrósia nos muitos jogos que realizou, fez para a RTP um programa, o Novo Mundo Digital, e fez sobre o Escrever é Triste um programa de televisão lindo. Vamos poder vê-lo no dia 4 de Abril, um sábado, às 11 horas da manhã, na RTP 1. Levantem-se dessas camas e mesmo de pijama, e antes do banho recauchutante, deixem-se levar pela câmara e pela narração do Ricardo. Que programa lindo!

Já disse e repito, o Escrever é Triste voltou. Está aqui. Estar aqui, tão vivo, juntando de novo os mesmos autores, ainda mais amigo e solidário, é um milagre anti-pestífero. Uma espécie de antídoto albert-camusiano contra o covid 19. Escrever é Triste e, todavia, tão feliz.

Este foi o video de promoção da estreia. Mas, não se esqueçam, é no sábado, dia 4 de Abril, às 11:00 da manhã, na RTP1.

Escrever é Triste, segundo Ricardo

EET

A RTP1 arriscou e invadiu o Novo Mundo Digital. O velho Escrever é Triste foi um dos recônditos recantos que o criador e realizador dessa série, o Ricardo Espírito Santo, foi descobrir num dos buracos negros dessa galáxia.

O que o Ricardo fez é um milagre: refez o tom de um blog que era só de escrita, filmando, enquadrando, montando, com uma estética de luz doce onde vão habitar a Eugénia de Vasconcellos e o seu cão, o Pedro Norton e o seu rapaz de veludo.

E, depois, no final de uma viagem de que o Ricardo consegue fazer uma história, há um jantar. É o mais bonito e fraterno jantar que já se viu na televisão portuguesa. o Ricardo inventou uma maneira de filmar o impossível, o espírito de um blog de escrita lúdica. E minto, nem era um blog, era um sítio que criou um bando fraterno.

Deixo ficar aqui uma ligação para a RTP Play, avisando que o episódio passou ontem, 3.ª, feira, dia 28, à noite, na RTP1. Obrigado, Ricardo

https://www.rtp.pt/play/p6756/e452717/novo-mundo-digital/800279

 

Saudades do Escrever é Triste

Um dia destes, na RTP 2, há de aparecer um programa sobre o Escrever é Triste. Com a ágil e emotiva realização do Ricardo Espírito Santo. O Escrever é Triste é, como sabem, um blog. Que se prolonga na página homónima do facebook e, por simpatia, nesta minha Página Negra. Antecipo as saudades que nesse programa evoquei. Ah, où sont-ils les amis d’antan?

hiperbole

A Amizade 

A amizade não é nenhum fogo que arda sem se ver. A amizade que juntou os Tristes do Escrever é Triste é um lume brando, lareira que nunca se apaga. Não estamos à espera de ser todos raptados pelo Daesh e virem os nossos Pedros, Norton ou Bidarra, de kalashnikovs na mão, à Schwarzenegger, salvar-nos o pêlo. A amizade não tem, nem precisa, desse heroísmo, porque a amizade é constante e rotineira, como o primeiro café da manhã.

A amizade não é excepcional. Excepcionais são os superpoderes da Wonder Woman. Não queremos que as nossas Vasconcellos, a Eugénia e a Rita, saltem de prédios, mergulhem da Ponte 25 de Abril e persigam à espada os fantasmas que nos ameaçam.

A amizade é melosa e preguiçosa. Não tem pressa, vem a pé e, às vezes, nem sequer vem, basta-lhe telefonar ou mandar uma sms. A amizade farta-se de desejar. Cada Triste do Escrever é Triste deseja silenciosamente o bem dos outros. A amizade é um quieto e sossegado ficar feliz com a felicidade de cada Triste.