
Nos dias 3, 4 e 5 de Março, há semana e meia, portanto, quem tomou comigo a Bica Curta, no CM, leu estas prosas, que metem, sono, cama e mais vontade de cura do que de doença. Não há nada a fazer, é o meu feitio.
Cheira bem, cheira!
É o que se chama matar a solidão pelo nariz. Os psicólogos da Universidade da Colúmbia Britânica fizeram um estudo de sono com 155 pessoas. Puseram-nas a dormir sozinhas, mas com uma t-shirt na almofada. Numa noite, uma t-shirt impregnada com o cheiro do parceiro com quem viviam. Na outra noite, uma t-shirt igual, sem nenhum cheiro.
Foi trigo limpo, farinha amparo: qual xanax, qual melatonina, dormir com a t-shirt a cheirar à ou ao parceiro melhorou muito o sono, limpando ansiedades e as voltas na cama. Se viajar, leve a t-shirt do seu amor e cole-a ao nariz à noite. Com cheiro de três dias, se faz favor. Ah, eu disse a t-shirt!
Activistas do alarmismo
Os activistas do alarmismo têm agora o coronavírus na boca. Verdade, o coronavírus tem o perigo da novidade e, para já, da falta de antídoto. Mas os alarmistas não querem saber da cura, querem é saber da histeria.
Um exemplo recente: o clima e o CO2. Os alarmistas nem querem ouvir falar da energia nuclear, a melhor tecnologia, mais barata, segura, para erradicar o CO2. O nuclear é melhor e mais eficiente mesmo do que as energias eólicas e solares, que são caras e intermitentes. Mas os alarmistas não querem saber de resultados, querem é ter a boca cheia de vírus, cheia de alarme e de fim do mundo. O orgasmo deles é a catástrofe.
Dá-lhe gás, bebé
Nasceram mais bebés em 2019. Mas a nossa taxa de fecundidade ainda é a mais baixa da Europa. Não é que os portugueses não se amem e não vá por aí uma valente rebaldaria. Não queremos é fazer filhos. Sim, venham os abençoados imigrantes. Mas não chega!
Em vez de nacionalizar a banca, nacionalize-se a fecundidade: no ano de nascimento do primeiro filho devolva-se ao casal metade do seu IRS; reduza-se a metade os impostos dos pais de dois filhos e isentem-se para a vida os pais de três; remunere-se uma afectiva rede de avós, tios e tias que cuide da guarda das crianças para as mães poderem ir trabalhar. Dê-se gás ao vigor amoroso.