
O padre Fonseca (José Maria da Fonseca) nasceu em Évora, em 1690. Tomou os seus votos em 1714, em Roma, onde vivia. Era Franciscano e o papa Bento XIII promoveu-o rapidamente a Procurador Geral da Ordem. O patriótico Fonseca aproveitou a sua posição para estabelecer laços diplomáticos fortes com o rei de Portugal D. João V, que serviu como Ministro Plenipotenciário. O monarca português, porventura mal agradecido, transferiu os seus favores dos Franciscanos para os Jesuítas, a partir de 1740, obrigando o padre Fonseca a regressar a Portugal e a servir sob as ordens do Bispo do Porto.
Antes de regressar a Portugal, Fonseca deixou ao Museu Capitolino este busto sensual e belíssimo, o que diz muito, ou seja, diz tudo, sobre o gosto de um autêntico Fonseca. O busto desta mulher flaviana atesta o gosto de Fonseca (também dos actuais Fonsecas e dos que hão de vir a ser inventados) pelo longo pescoço de uma mulher, por uns cabelos ardilosamente apanhados que realcem uma testa resplandecente, as altas maçãs do rosto. E não vou dizer nada da sofisticação do penteado, que hei de arranjar um vídeo que diga tudo muito melhor do que eu.
Não é tarde nem é cedo, ora, aqui está:
E mais aqui:
a menina do senhor prior Fonseca andou a meter o nariz onde não era chamada. Mas é que a elegância total do busto dá ao Fonseca certo ar. A gente, mesmo sem o ter conhecido, já gosta dele. Quem oferece uma coisa destas não pode ser má pessoa.
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Finsecas só podem ser boa gente 🙂
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