Gallo rojo

silvia

Quem me dera ter o segredo da rútila e trémula escrita para poder escrever o óbvio. E basta, afinal, ouvir. Silvia Pérez Cruz canta o desencanto, o puro e abraçado desencanto. Talvez só sonhemos adolescentes para depois gritarmos mil ais adultos.

Em cada ai da belíssima boca de Silvia há a cega nostalgia da inalcançável harmonia, da valente revolução perdida, da utopia atacada, da ideal cidade dos homens, perfeita como nem a de Deus. E depois canta el gallo. Gallo Negro. E acaba o dia.

2 thoughts on “Gallo rojo”

Leave a Reply

Fill in your details below or click an icon to log in:

WordPress.com Logo

You are commenting using your WordPress.com account. Log Out /  Change )

Facebook photo

You are commenting using your Facebook account. Log Out /  Change )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.