Quem me dera ter o segredo da rútila e trémula escrita para poder escrever o óbvio. E basta, afinal, ouvir. Silvia Pérez Cruz canta o desencanto, o puro e abraçado desencanto. Talvez só sonhemos adolescentes para depois gritarmos mil ais adultos.
Em cada ai da belíssima boca de Silvia há a cega nostalgia da inalcançável harmonia, da valente revolução perdida, da utopia atacada, da ideal cidade dos homens, perfeita como nem a de Deus. E depois canta el gallo. Gallo Negro. E acaba o dia.
Belíssima
LikeLike
Yes
LikeLike