Bica Curta servida no CM, no passado dia 27 de Março
Em 1975, estava eu em Luanda, de bica cheia com o povo que conquistava a independência, libertando-se do jugo colonial.
Fechava-se em Angola o ciclo iniciado nos anos 60, na Argélia, ciclo de um certo modelo revolucionário de libertação dos povos colonizados, com indisfarçável apoio soviético. A Argélia quer agora sair da estagnação, do cemitério assombrado onde se enterrou há 60 anos. Muito se culpou o colonialismo por esse atraso. É preciso dizer, hoje, que o modelo de libertação, mescla de marxismo e Frantz Fanon, foi também, da Argélia a Angola, um passaporte para o desastre. Não tinha um pingo, uma ideia de desenvolvimento.
Gosto da sua frontalidade política, do seu bom senso. Nos dias que correm, escasseia.
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Julia, a política é terreno derrapante. De tanto me ter enganado no passado, cheguei ao que cheguei. 🙂
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Derrapante e lodosa. Todo o cuidado é pouco. Cabe-nos a nós, «o povo» duvidar sempre, exigir mais.
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