Ouço. De olhos abertos que é como se deve ouvir Kathia Buniatishvili. O que me comove é a centáurica fusão entre as emoções de Kathia e o som do piano.
O que me exalta é essa hiperbólica acção do corpo, o galope, as crinas, as amplas narinas a soltarem fogo, a alegria da rapidez, a violência, o carnal prazer da violência. A música é uma torrente de tempo ou a interrupção de todo o tempo?
Uma quase Rita Hayworth que é prodígio no teclado. Não bem Hayworth porque os olhos são melhores, talvez mais suaves e humanos. Gostei especialmente do vestido com rendas estratégicas. O resto é música. E calam-se as palavras.
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O vestido rendado é muito bem caçado.
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