Bica Curta servida no CM, 5.ª feira, dia 4 de Julho
Mas que grandes pontapés tem levado o traseiro do passado. Vêm os activistas sociais e chutam, vêm os identitários étnicos e lá vai pontapé, vêm o arco-íris dos géneros, os vigilantes savonarolas da linguagem correcta e zás, enfiam o elegante sapato no vetusto cu do passado. Eis o pontapé: o passado foi burro e mau como as cobras, é culpado, o passado tem de pedir desculpas.
Mentem. Devíamos era tomar mais bicas com o passado. Se nos sentamos neste sofá do presente, com menos pobreza, menos mortalidade infantil, mais conhecimento, é por estarmos sentados em cima dos ombros de gigantes do passado. Sem passado, caímos no abismo.