
O nome é islâmico: Abdallah Chatila. Nasceu no Líbano, numa família cristã. É ateu e tem uma fortuna. Escolheu uma causa: secar o mito e o culto de Hitler. Abdallah comprou em leilão os objectos pessoais do ditador assassino, um chapéu, uma suástica, a edição de luxo do Mein Kampf. Custou-lhe mais do que o preço de uma bica, mas teria, diz ele, investido um milhão de euros, se fosse preciso. Agora, doou os objectos a uma associação judaica para que os guarde ou destrua.
De origem islâmica, Abdallah não pactua com nazis: sabe onde está o crime e a vítima. E, por ser rico, cumpriu a obrigação de dar o exemplo.