A ideologia da música

Deixem-me ser vicentino. Todo-o-Mundo ama e Ninguém faz fine bouche à Dança Húngara nº 5 de Johannes Brahms. Atraído pelo calor colectivista, eu também gosto. E, no entanto, seguindo à letra a proposta de Brahms, dançar os três minutos deste tema exige solidão, destreza e liberdade individuais, pés velozes, imaginação alada. 

Há temas para dança colectiva, outros para a ritmada união de um par, e há este apelo a um feroz e móvel individualismo. Por muito mal que esteja a ouvir Brahams é assim que o ouço. 

Ouçam-no também, interpretado, mais suave do que energicamente, pela Orquestra Sinfónica do Bolshoi, dirigida pela bela Tomomi Nishimoto. 

2 thoughts on “A ideologia da música”

  1. A bela maestrina não bate a nossa Joana Carneiro. Jamais vi alguém tão entusiasmado (diria que é paixão) com a música. E a saudade que temos de revê-la a dirigir uma orquestra.

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