Bica Curta servida no CM, 4.ª, dia 13 de Novembro
No ano em que o seu autor o escreveu, ninguém se atreveria a ir tomar a bica curta levando na mão “O Amante de Lady Chatterley”. O romance conta, de forma tão bela como explícita, a escaldante relação de uma mulher casada e aristocrata com o seu viril guarda de caça. Foi em 1917, podia fazer-se a Revolução de Outubro, mas a erótica fusão de distintas classes sociais, está quieto ó meu!
Só em 1960, faz agora 59 anos, os ingleses o editaram, vendendo 200 mil livros no primeiro dia. Mesmo assim, na Escócia queimaram exemplares e no País de Gales as livreiras recusaram segurar no livro com as mãos. O Reino Unido é um bicho bizarro.
Li-o há tantos anos… não em 1966. E como lhe pegaram as livreiras para o entregar aos clientes, dado que vendeu tanto. Talvez com pinças. Ou luvas. Contudo, o livro não tinha sarampo ou outra infecto contagiosa. Era a luz do tempo.
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Gostava de ter visto a linda figura das livreiras.
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