Peito banguela

Eu não conheço esta gente de lado nenhum Tenho pena. Têm lirismo, sabem o que é harmonia e melodia. Sabem, sobretudo o que é sedução e o quanto de ironia há na melhor sedução.

Vejamos, este Peito banguela é o encontro do tão inovador Keso, que aqui troca o chapéu de rapper pelo de produtor, com esse singular prodígio que dá pelo nome de Luca Argel, brasileiro, cantautor expressamente tardio para poder ter um pé no futuro. Gostava ainda de dizer que se lhes junta, nas mãos de Frankie Baptista, uma guitarra com acordes de me rasgar ao meio (komé, parece que estou lá na banda, meu kamba). As teclas são o recreio de Sérgio Alves.

Todos juntos, os citados têm menos anos do que eu. Quem é da minha idade (ou eu quase da dele) é Aldir Blanc, letrista e compositor, que emprestou os versos. Comprei um cd dele, no Rio, já lá vão mais de 20 anos.

Antes que perguntem, “banguela” é um termo brasileiro para o qual um bom sinónimo é “desdentado”. À boca desta canção, perfeita, não lhe falta dente nenhum.

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