Lembrei-me dos meus amigos, companheiros, camaradas do Escrever é Triste. Saudades reforçadas por saber que, afinal, são todos empreendedores e ligados ao grande capital. Não admira que, tentando reencontrá-los, tenha chocado com os mais clamorosos anúncios, sinais exteriores do alto bling-bling de todos eles e da sumptuária e inconsumpta riqueza em que vivem.
Comecemos pelo Norton. O Pedro, está claro. É Norton, sim, mas esqueçam lá o antivirus. O meu amigo Norton, se é unapproachable, é por outras e velozes razões, reiteradas há mais de um século em maravilhosos anúncios vintage.
E, diga-se, gerações mais recentes tendem a desmentir (ou talvez não) a inacessibilidade do Norton.
E lembro que, vintage por vintage, as nossas Vasconcellos, a Eugénia e a Rita, são as donas da primeira marca portuguesa, como testemunha a mais vibrante imprensa francesa.
Tanto que a Eugénia é, francês à parte, também sonhada em novelas na língua cervantina.
Já o Henrique, o Monteiro – ou Montero, como lhe chamam na esmagadora maioria do estrangeiro – é o todo o terreno em que todos querem pôr a mão.
Pois muito bem, mas eu próprio tenho de confessar que a infindável fonte dos meus inconfessáveis proventos vem de negócios ínvios e fumos desavindos. A publicidade é tão megalomana que até me envergonha um bocadinho. Paciência, o que interessa é que a conta bancária é uma irrespirável onda de fumo – mas onde há fumo há fogo.
Ajudem-me a revelar os terríveis negócios em que se camuflam os outros!
Vejo aqui 5 razões para lamentar o meu pai não se chamar Norton…
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E, Gonçalo, pensar que a moto do meu pai, em Luanda, era uma BSA…
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Ora , ora, descubra-os o senhor, Mister Fonseca, já que tão bem os começou a desvendar.
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Bea, tenho de ver se há marcas Leote, Bidarra, Conceição, Marta, sei lá eu… 🙂
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