Bica Curta publicada no CM, na 4ª feira, dia 6 de Março
A multidão ululante
Não bater, não matar. Esse princípio unânime foi a base, justíssima, da devastadora crítica feita ao juiz Neto Moura, e é a base da democracia. Não batemos, não matamos. Por isso espanta que haja quem, dando-se aristocráticos ares de superioridade moral e arrogando-se de esquerda, venha clamar que a violência é revolucionária, sem lhes cair a cara no copo da vergonha. O populismo é, neles, o lado escondido da lua e a sua última arma é soltar a multidão em fúria.
A multidão unânime não toma a bica curta. Essa multidão é manipulável e pensa com as tripas. A multidão ululante é um péssimo decisor político: leva de refém a liberdade.
Abaixo a multidão ululante, então abaixo o Maio de 68. Pois.
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O Maio de 68 anda em retiro espiritual a penitenciar-se dos seus óbvios ululantes. 🙂
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De multidões ululantes não percebo muito, mas Neto Moura não merece as letras com que escreve o nome.
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Não bater, não matar…
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Ainda bem que a turba ululante se manifestou aquando da tsu num passado mais ou menos próximo. E sem violências. Não vejo ninguém a defender a violência mas ao direito de se manifestar. Vá lá Manuel, toma uma bica cheia! Abraço.
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Ah, Gonçalo 🙂 é que, com bica ou sem bica, vamos já para a rua. Um abraço
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