o universo flui através de 11 dimensões e vai de mota

 

moto_áfrica

Não sei a foto foi tirada em Luanda, Kin­shasa ou Brazav­ille. Seja como for, cheira-me mais à costa oci­den­tal de África.

O que primeiro chama a atenção é a feli­ci­dade ser­ena e tão bem arru­mada dos sete ocu­pantes do amplo veículo (men­tira, são oito, se fiz­erem o favor de con­tar pelas per­nas). O con­forto dos cor­pos é indes­men­tível, o sor­riso da menin­inha do brinco é uma delí­cia e o ar gozado do ben­jamim, o tele­tub­bie azul, desperta-nos uma onda de opti­mismo que nem o mais descabelado dos cépticos será capaz de refutar.

Em segundo lugar, esta imagem obriga-nos a rever todas as con­cepções do espaço e teo­rias físi­cas afins. Quero lá saber do fre­n­esim quân­tico que levou a mecânica de Heisen­berg a embir­rar com a Rel­a­tivi­dade do icónico aus­tríaco, que punha a língua de fora. O campo grav­ita­cional, como podem ver, tam­bém não inter­essa a nen­hum destes meni­nos, se cal­har nem ao Menino Jesus. Tudo aquilo de que pre­cisamos é de altura, largura e com­pri­mento, uma certa dimen­são tem­po­ral e, está claro, sete dimen­sões recur­vadas (oito se for a curva das per­nas).

Por curvatura, deixem-me disparatar. Será este um exemplo da famosa Teoria M da física? A que afirma que, e cito a wikipédia, tudo, matéria e campo, é formado por membranas, e que o universo flui através de onze dimensões. Teríamos então três dimensões espaciais (altura, largura, comprimento), uma temporal (tempo) e sete dimensões recurvadas, sendo a estas atribuídas outras propriedades, como massa e carga eléctrica.

Só mesmo em África e com o mais dis­pli­cente empirismo pode­ria acon­te­cer o mila­gre da unifi­cação da física. Nga’sakidila.