
Choram. São quatro mulheres. Não sabemos o que choram, mas sabemos que choram ali por volta de 1878. Podemos talvez presumir que choram a morte. Cabelos, pose, estatura parecem indicar que são de gerações muito próximas, irmãs, primas quem sabe, ou só amigas. Choram talvez a mãe, o pai.
Chorava-se assim no século XIX. Hoje, podemos chorar as mesmas lágrimas – água e cloreto de sódio, como cantou o poeta – mas não choramos já com esta coreografia tão composta, com esta nobre expressão pública do sofrimento, com estes lenços de linho, que a mão de mãe, a mão agora morta, bordou.