Fez pelo menos uma dúzia de capas da Time e da Newsweek. O NY Times passa a vida a pedir-lhe ilustrações e, o que para mim equivale a um doutoramento, durante 10 anos desenhou, para a revista Playboy, os Playboy Funnies. Nem vou mencionar a New Yorker. Lou Brooks, nascido em 1944, com 20 anos a viver em Manhattan, não é um daqueles emproados e insuportáveis politicamente correctos de festas e cocktails. Basta ser-lhe um expoente da pop culture. Da sua iconografia. Como aqui se pode ver.
Em 2010, vi que se retirara para uma quinta perto de San Francisco. Junto às vinhas. Pensei que ia só para o remanso. Mas não, é o fundador e curador deste anacrónico museu, o Museum of Forgotten Art Supplies., museu dos apetrechos esquecidos ou tornados inúteis na arte da ilustração pelo avanço dos imparáveis computadores.
Do anacrónico e maravilhoso Lou Brooks, eis o que tenho para dizer: desenha bem e, escrevendo, dá ao mesmo desenho as voltas que muito bem lhe apetece.
Mas é só porque escreve muito bem.