Às vezes, sinto falta de algumas coisas. Ou de algumas pessoas. Ou de algumas velhas sensações.
Sinto a falta
De histórias maravilhosas e verdadeiras sobre mulheres e homens, sobre traições, facas e tangos, cigarros ansiosos e lençóis clandestinos.
Sinto a falta
De pessoas que finjam com gentileza que não lhes interessa compreender o mundo e que acreditem, desinteressadas, num hedonismo cósmico.
Sinto a falta
De um pensamento que não se esgote em depressões taciturnas, em dores de cabeça do tamanho de um comboio, ou na venalidade de chás e bules.
Sinto a falta
De uma academia consciente de que a nossa melhor metafísica é cómica. Só no riso há metafísica.
Belo texto! E como é tão verdade o que dizes …
Abraço Manuel!
Enviado do meu iPhone
No dia 13/05/2019, às 22:22, A Página Negra de Manuel S. Fonseca <comment-reply@wordpress.com> escreveu:
Manuel S. Fonseca posted: ” Às vezes, sinto falta de algumas coisas. Ou de algumas pessoas. Ou de algumas velhas sensações. Sinto a falta De histórias maravilhosas e verdadeiras sobre mulheres e homens, sobre traições, facas e tangos, cigarros ansiosos e lençóis clandestinos. Sinto”
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Um abraço, meu amigo
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Acho que vou dormir que é aquilo de que, neste preciso momento, sinto falta. Não tem metafísica mas é verdade.
Mais para lá do que para cá, sempre lhe digo que isso do riso é o que mais falta. O riso verdadeiro, descomprometido.
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O riso verdadeiro, o sorriso feliz, a gargalhada solta
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No riso e no chocolate … dizem.
Mas é bom sentir essas faltas de que falou. É porque se teve, porque já se sentiu. E é tão bom recriar dentro de nós coisas felizes que vivemos. Eu gosto. É como que um repositório de raios de sol para dias de chuva.
Adorei o texto.
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Obrigado Fátima 🙂
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